segunda-feira, novembro 24, 2008

Gostei...
Definição de Avó. Artigo redigido por uma menina de 8 anos e publicado no Jornal do Cartaxo.
Uma Avó é uma mulher que não tem filhos, por isso gosta dos filhos dos outros. As Avós não têm nada para fazer, é só estarem ali. Quando nos levam a passear, andam devagar e não pisam as flores bonitas nem as lagartas. Nunca dizem Despacha-te!Normalmente são gordas, mas mesmo assim conseguem apertar-nos os sapatos. Sabem sempre que a gente quer mais uma fatia de bolo ou uma fatia maior. As Avós usam óculos e às vezes até conseguem tirar os dentes. Quando nos contam historias, nunca saltam bocados e nunca se importam de contar a mesma história várias vezes. As Avós são as únicas pessoas grandes que têm sempre tempo. Não são tão fracas como dizem, apesar de morrerem mais vezes do que nós.Toda a gente deve fazer o possível por ter uma Avó, sobretudo se não tiver Televisão.
http://barbearialnt.blogspot.com/
Doeu...
Plenty of people have been wrong about Lehman - including Lehman itself, which this year spent $761 million buying its own stock at an average price of $49.60. Recent price: 5 cents

domingo, novembro 23, 2008

Dói...
"Há medo, nunca vi tanto medo no meu país..."
http://tempoquepassa.blogspot.com/

sexta-feira, novembro 21, 2008

Dói...
Infelizmente MFL, voltou a supreender pela negativa....que tristeza, alguém com capacidade de relação com os media precisa-se urgente.
Isto está mesmo complicado, num momento em que as previsões apontam para a catástrofe total pelo terceiro e quarto trimestre de 2009, onde em alguns cenários a fome e os distúrbios sociais serão uma possibilidade, temos um governo de incompetentes, que é invejado por uma oposição inapta...

sexta-feira, novembro 14, 2008

Dói....
Para mim, e julgo, que para a maioria dos eleitores portugueses, neste momento, este governo é mau, não presta, não é sério nem competente.
Quando ouvimos, Manuela Ferreira Leite, a líder do maior partido da oposição dizer que tem propostas para a resolução de problemas graves do país, mas não as revela porque o governo as podia copiar.... ficamos a saber que o segundo maior partido é mau, não presta, não é sério nem competente, nem patriótico.
Julgo que esta afirmação foi por ventura a afirmação mais estúpida que ouvi um político na oposição a fazer.
Todos nós temos momentos infelizes, este, na minha opinião, foi o momento mais infeliz de Manuela Ferreira Leite.
Tenho uma certa simpatia por Manuela Ferreira Leite, tenho-a como uma pessoa de bem, confesso, talvez por isso e caso os papéis fossem inversos, ou seja, caso fosse o Sócrates como líder da oposição que tivesse proferido esse disparate, a minha adjectivação seria muito mais cruel....

sábado, novembro 08, 2008

Dói...
...O banco central de Cabo Verde avisou, em Março deste ano, o Banco de Portugal (BdP) para suspeitas de irregularidades na relação entre o BPN e o Banco Insular. A informação foi adiantada ao DN por João Carlos Fidalgo, director do Departamento de Supervisão daquele banco africano, liderado por Carlos Burgo, contrariando a ideia de que o Banco de Portugal soube das irregularidades apenas em Julho....
DN 04.11.08
Gostei...
Entre as muitas cretinices que são adoptadas no linguajar em que se tornou a oralidade pública conta-se a expressão "sociedade civil".
http://barbearialnt.blogspot.com/

segunda-feira, novembro 03, 2008

Dói...

...A média nacional dos exames de matemática, negativa há um ano, é agora de mais de 12 valores! Há um ano, apenas 200 escolas conseguiam média positiva a matemática. Agora, são mais de mil!....
http://o-jacaranda.blogspot.com/

domingo, novembro 02, 2008

Dói...

Each of the firm's 443 partners is on course to pocket an average Christmas bonus of more than £3million.The size of the pay pool comfortably dwarfs the £6.1billion lifeline which the U.S. government is throwing to Goldman as part of its £430billion bail-out.As Washington pours money into the bank, the cash will immediately be channelled to Goldman's already well-heeled employees. »

http://dragoscopio.blogspot.com/
Dói...

....depois de também saber que a cimera ibero-americana do Salvador serviu para Sócrates servir de caixeiro-viajante do Sá Couto do Magalhães e do Tsunami...
http://tempoquepassa.blogspot.com/
Gostei...

Entre hoje e amanhã, V. Excelências, meus estimados clientes o farão, esta Barbearia atingirá, em pouco mais de um ano, os cem mil clientes únicos (sitemeter).
http://barbearialnt.blogspot.com/

sábado, outubro 25, 2008

Acabou, melhor deixou definitivamente ser o que era, a Comunicação Social já não é o que era, o que dantes era Comunicação Social hoje é Marketing Social, a verdadeira Comunicação Social hoje sem dúvida está muito mais assente na Blogosfera, SMS e emails do que em qualquer outra forma de comunicação, talvez ainda com uma ainda significante presença de algumas rádios.
A ganância da sociedade não se verificou unicamente nos mercados financeiros onde se inventaram produtos e bens fictícios, tão fictícios como a vontade gananciosa de do nada obter rentabilidade, na antiga Comunicação hoje Marketing Social a pressão das vendas, a vontade de manter o emprego e o servilismo cego permanentemente alimentaram o mercado com informação fictícia, tão fictícia quanto o apetite devorador por mais e mais estímulos sensoriais do ávido mercado sempre pronto e disposto a não estragar uma boa história com a verdade.
Os mesmos que pelo consumo pressionavam a antiga Comunicação Social para a sua derradeira transmutação, são os mesmos que pululam a Blogosfera com enormidades…o facto é que dantes a fonte da comunicação era pela mútua dependência existente controlada por essa massa de consumo hoje dividida, atomizada em milhões de vozes.
Será difícil negar a existência de perfeitas aberrações informativas na blogosfera, mas são o que são, e não há que ter medo por muitas que o sejam. O serviço de Comunicação Social prestado pelos percentualmente poucos que não o são, garantem de forma decisiva a Blogosfera como forma privilegiada de autêntica Comunicação Social.

quinta-feira, setembro 25, 2008

O Tempo das Aparências
Vivemos o tempo das aparências, o que realmente importa é o que parece, é a cultura da multimédia e do virtual no seu auge.
Não importa para nada que os portugueses saibam ou sejam competentes nas suas profissões o que realmente importa é se estão, diplomados, certificados de forma que na estatística pareça que estamos bem na fotografia com os nossos parceiros.
Não se bebe pelo prazer de beber, bebe-se pela afirmação de o fazer, não se fica bêbado por falta de auto-controle da nossa gula, fica-se bêbado por exercício de vontade de o ficar pela ingestão, não de bebidas com álcool, mas de gramagem de álcool.
Não é importante se sentir bem, é importante parecer feliz e a “curtir”, nada é bom ou satisfatório se feito em solidão, é necessária a assistência de terceiros para que resulte a exibição, nada se pode fazer em silêncio, tudo tem de ser ruídoso.
No fundo é isso mesmo, a nossa sociedade está -se transformar numa sociedade de exibicionistas, o exemplo vêm de cima quando já todo o mundo informado sabia que o período de recessão que atravessamos seria complicado e demorado a resolver, o governo português papagueava aos quatro ventos que tudo ia bem e tudo se iria resolver como se a imposição de uma imagem pela força da vontade apagasse a realidade.
Os ministros não têm que governar só têm de dar a impressão que governam, por isso é muito mais importante andarem a cirandar nas distribuições e fiscalizações de coisas e coisinhas do que se fecharem num gabinete a estudar…

sábado, fevereiro 23, 2008

MARIO SOARES E ANGOLA Por António Marinho (advogado e jornalista) in «Diário do Centro», de 15 de Março de 2000

A polémica em torno das acusações das autoridades angolanas segundo as quais Mário Soares e seu filho João Soares seriam dos principais beneficiários do tráfico de diamantes e de marfim levados a cabo pela UNITA de Jonas Savimbi, tem sido conduzida na base de mistificações grosseiras sobre o comportamento daquelas figuras políticas nos últimos anos. Espanta desde logo a intervenção pública da generalidade das figuras políticas do país, que vão desde o Presidente da República até ao deputado do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, passando pelo PP de Paulo Portas e Basílio Horta, pelo PSD de Durão Barroso e por toda a sorte de fazedores de opinião, jornalistas (ligados ou não à Fundação Mário Soares), pensadores profissionais, autarcas, «comendadores» e comentadores de serviço, etc? Tudo como se Mário Soares fosse uma virgem perdida no meio de um imenso bordel. Sei que Mário Soares não é nenhuma virgem e que o país (apesar de tudo) não é nenhum bordel. Sei também que não gosto mesmo nada de Mário Soares e do filho João Soares, os quais se têm vindo a comportar politicamente como uma espécie de versão portuguesa da antiga dupla haitiana «Papa Doc» e «Baby Doc». Vejamos então por que é que eu não gosto dele (s). A primeira ideia que se agiganta sobre Mário Soares é que é um homem que não tem princípios mas sim fins. É-lhe atribuída a célebre frase: «Em política, feio, feio, é perder». São conhecidos também os seus zigue-zagues políticos desde antes do 25 de Abril. Tentou negociar com Marcelo Caetano uma legalização do seu (e seus amigos) agrupamento político, num gesto que mais não significava do que uma imensa traição a toda a oposição, mormente àquela que mais se empenhava na luta contra o fascismo. JÁ DEPOIS DO 25 DE ABRIL, ASSUMIU-SE COMO O HOMEM DOS AMERICANOS E DA CIA EM PORTUGAL E NA PRÓPRIA INTERNACIONAL SOCIALISTA. Dos mesmos americanos que acabavam de conceber, financiar e executar o golpe contra Salvador Allende no Chile e que colocara no poder Augusto Pinochet. Mário Soares combateu o comunismo e os comunistas portugueses como nenhuma outra pessoa o fizera durante a revolução e FOI AMIGO DE NICOLAU CEAUCESCU, FIGURA QUE CHEGOU A APRESENTAR COMO MODELO A SER SEGUIDO PELOS COMUNISTAS PORTUGUESES. Durante a revolução portuguesa andou a gritar nas ruas do país a palavra de ordem « Partido Socialista, Partido Marxista », mas mal se apanhou no poder meteu o socialismo na gaveta e nunca mais o tirou de lá. Os seus governos notabilizaram-se por três coisas: políticas abertamente de direita, a facilidade com que certos empresários ganhavam dinheiro e essa inovação da austeridade soarista (versão bloco central) que foram os salários em atraso. INSULTO A UM JUIZ Em Coimbra, onde veio uma vez como primeiro ministro, foi confrontado com uma manifestação de trabalhadores com salários em atraso. Soares não gostou do que ouviu (chamaram-lhe o que Soares tem chamado aos governantes angolanos) e alguns trabalhadores foram presos por polícias zelosos. Mas, como não apresentou queixa (o tipo de crime em causa exigia a apresentação de queixa), o juiz não teve outro remédio senão libertar os detidos no próprio dia. Soares não gostou e insultou publicamente esse magistrado, o qual ainda apresentou queixa ao Conselho Superior da Magistratura contra Mário Soares, mas sua excelência não foi incomodado. Na sequência, foi modificado o Código Penal, o que constituiu a primeira alteração de que foi alvo por exigência dos interesses pessoais de figuras políticas. Soares é arrogante, pesporrento e malcriado. É conhecidíssima a frase que dirigiu, perante as câmaras de TV, a um agente da GNR em serviço que cumpria a missão de lhe fazer escolta enquanto presidente da República durante a Presidência aberta em Lisboa : « Ó sr. Guarda desapareça ». Nunca, em Portugal, um agente da autoridade terá sido tão humilhado publicamente por um responsável político, como aquele pobre soldado da GNR. Em minha opinião, Mário Soares nunca foi um verdadeiro democrata. Ou melhor é muito democrata se fôr ele a mandar. Quando não, acaba-se imediatamente a democracia. À sua volta não tem amigos, e ele sabe-o; tem pessoas que não pensam pela própria cabeça e que apenas fazem o que ele manda e quando ele manda. Só é amigo de quem lhe obedece. Quem ousar ter ideias próprias é triturado sem quaisquer contemplações. Algumas das suas mais sólidas e antigas amizades ficaram pelo caminho quando ousaram pôr em causa os seus interesses ou ambições pessoais. Soares é um homem de ódios pessoais sem limites, os quais sempre colocou acima dos interesses políticos do partido e do próprio país. Em 1980, não hesitou em APOIAR OBJECTIVAMENTE O GENERAL SOARES CARNEIRO CONTRA EANES, NÃO POR RAZÕES POLÍTICAS MAS DEVIDO AO ÓDIO PESSOAL QUE NUTRIA PELO GENERAL RAMALHO EANES. E como o PS não alinhou nessa aventura que iria entregar a presidência da República a um general do antigo regime, Soares, em vez de acatar a decisão maioritária do seu partido, optou por demitir-se e passou a intrigar, a conspirar e a manipular as consciências dos militantes socialistas e de toda a sorte de oportunistas, não hesitando mesmo em espezinhar amigos de sempre como Francisco Salgado Zenha. Confesso que não sei por que é que o séquito de prosélitos do soarismo (onde, lamentavelmente, parece ter-se incluído agora o actual presidente da República (Mário Soares), apareceram agora tão indignados com as declarações de governantes angolanos e estiveram tão calados quando da publicação do livro de Rui Mateus sobre Mário Soares. NA ALTURA TODOS METERAM A CABEÇA NA AREIA, INCLUINDO O PRÓPRIO CLÃ DOS SOARES, E NEM TUGIRAM NEM MUGIRAM, APESAR DE AS ACUSAÇÕES SEREM ENTÃO BEM MAIS GRAVES DO QUE AS DE AGORA. POR QUE É QUE JORGE SAMPAIO SE CALOU CONTRA AS «CALÚNIAS» DE RUI MATEUS ?» «DINHEIRO DE MACAU». Anos mais tarde, um senhor que fora ministro de um governo chefiado por MÁRIO SOARES, ROSADO CORREIA, vinha de Macau para Portugal com uma mala com dezenas de milhares de contos. *A proveniência do dinheiro era tão pouco limpa que um membro do governo de Macau, ANTÓNIO **VITORINO, *foi a correr ao aeroporto tirar-lhe a mala à última hora. Parece que se tratava de dinheiro que tinha sido obtido de empresários chineses com a promessa de benefícios indevidos por parte do governo de Macau. Para quem era esse dinheiro foi coisa que nunca ficou devidamente esclarecido. O caso EMAUDIO e o célebre fax de Macau é um episódio que envolve destacadíssimos soaristas, amigos íntimos de Mário Soares e altos dirigentes do PS da época soarista. MENANO DO AMARAL chegou a ser responsável pelas finanças do PS e Rui Mateus foi durante anos responsável pelas relações internacionais do partido, ou seja, pela angariação de fundos no estrangeiro Não haveria seguramente no PS ninguém em quem Soares depositasse mais confiança. Ainda hoje subsistem muitas dúvidas (e não só as lançadas pelo livro de Rui Mateus) sobre o verdadeiro destino dos financiamentos vindos de Macau. No entanto, em tribunal, os pretensos corruptores foram processualmente separados dos alegados corrompidos, com esta peculiaridade (que não é inédita) judicial : os pretensos corruptores foram condenados, enquanto os alegados corrompidos foram absolvidos. Aliás, no que respeita a Macau só um país sem dignidade e um povo sem brio nem vergonha é que toleravam o que se passou nos últimos anos (e nos últimos dias) de administração portuguesa daquele território, com os chineses pura e simplesmente a chamar ladrões aos portugueses. E isso não foi só dirigido a alguns colaboradores de cartazes do MASP que a dada altura enxamearam aquele território. Esse epíteto chegou a ser dirigido aos mais altos representantes do Estado Português. Tudo por causa das fundações criadas para tirar dinheiro de Macau. Mas isso é outra história cujos verdadeiros contornos hão-de ser um dia conhecidos. Não foi só em Portugal que Mário Soares conviveu com pessoas pouco recomendáveis. Veja-se o caso de BETINO CRAXI, o líder do PS italiano, condenado a vários anos de prisão pelas autoridades judiciais do seu país, devido a graves crimes como corrupção. Soares fez questão de lhe manifestar publicamente solidariedade quando ele se refugiou na Tunísia. Veja-se também a amizade com Filipe Gonzalez, líder do Partido Socialista de Espanha que não encontrou melhor maneira para resolver o problema político do país Basco senão recorrer ao terrorismo, contratando os piores mercenários do lumpen e da extrema direita da Europa para assassinar militantes e simpatizantes da ETA. Mário Soares utilizou o cargo de presidente da República para passear pelo estrangeiro como nunca ninguém fizera em Portugal. Ele, que tanta austeridade impôs aos trabalhadores portugueses enquanto Primeiro Ministro, gastou, como Presidente da República, milhões de contos dos contribuintes portugueses em passeatas pelo mundo, com verdadeiros exércitos de amigos e prosélitos do soarismo, com destaque para jornalistas. São muitos desses « viajantes » que hoje se põem em bicos de pés a indignar-se pelas declarações dos governantes angolanos. Enquanto Presidente da República, Soares abusou como ninguém das distinções honoríficas do Estado Português. Não há praticamente nenhum amigo que não tenha recebido uma condecoração, enquanto outros cidadãos, que tanto as mereceram, não obtiveram qualquer distinção durante o seu «reinado». Um dos maiores vultos da resistência antifascista no meio universitário, e um dos mais notáveis académicos portugueses, perseguido pelo antigo regime, o Prof. Doutor Orlando de Carvalho, não foi merecedor, segundo Mário Soares, da Ordem da Liberdade. Mas alguns que até colaboraram com o antigo regime receberam as mais altas distinções. Orlando de Carvalho só veio a receber a Ordem da Liberdade depois de Soares deixar a Presidência da República, ou seja logo que Sampaio tomou posse. A razão foi só uma : Orlando de Carvalho nunca prestou vassalagem a Soares e Jorge Sampaio não fazia depender disso a atribuição de condecorações. FUNDAÇÃO COM DINHEIROS PÚBLICOS. A pretexto de uns papéis pessoais cujo valor histórico ou cultural nunca ninguém sindicou, Soares decidiu fazer uma Fundação com o seu nome. Nada de mal se o fizesse com dinheiro seu, como seria normal. Mas não; acabou por fazê-la com dinheiros públicos. SÓ O GOVERNO, DE UMA SÓ VEZ DEU-LHE 500 MIL CONTOS E A CÂMARA DE LISBOA, PRESIDIDA PELO SEU FILHO, DEU-LHE UM PRÉDIO NO VALOR DE CENTENAS DE MILHARES DE CONTOS. Nos Estados Unidos, na Inglaterra, na Alemanha ou em qualquer país em que as regras democráticas fossem minimamente respeitadas muita gente estaria, por isso, a contas com a justiça, incluindo os próprios Mário e João Soares e as respectivas carreiras políticas teriam aí terminado. Tais práticas são absolutamente inadmissíveis num país que respeitasse o dinheiro extorquido aos contribuintes pelo fisco. Se os seus documentos pessoais tinham valor histórico Mário Soares deveria entregá-los a uma instituição pública, como a Torre do Tombo ou o Centro de Documentação 25 de Abril, por exemplo. Mas para isso era preciso que Soares fosse uma pessoa com humildade democrática e verdadeiro amor pela cultura. Mas não. Não eram preocupações culturais que motivaram Soares. O que ele pretendia era outra coisa. Porque as suas ambições não têm limites ele precisava de um instrumento de pressão sobre as instituições democráticas e dos órgãos de poder e de intromissão directa na vida política do país. A Fundação Mário Soares está a transformar-se num verdadeiro cancro da democracia portuguesa.»