A ânsia desesperada com que se procuram pontos de potencial conflito com a igreja é interessante e por certo será reveladora de algum posicionamento ou interesse reinante nos meios de comunicação social.
Quando comparo o que Sua Santidade disse no que respeita ao preservativo com o que se disse e escreveu por uma profusão de falantes e escritores faz temer de no mínimo ter havido um estranho surto de iliteracia.
Sua Santidade o Papa, tem como obrigação, por ele aceite, fazer de sua vida uma caminhada no papel de Santo. Ninguém pode ser Santo sem ser coerente com a doutrina que professa e a doutrina católica tem como valor mais absoluto a vida, exactamente porque a vida se confunde com Deus. Deus sendo o todo está também de forma completa presente em cada forma de vida, por conseguinte acabar uma vida mesmo que na forma de potencial é acabar ou negar uma vida de Deus a Deus.
A postura do bem absoluto não é necessariamente cómoda, fácil ou sequer para alguns atingível. Através de um esforço de conceptualização para vermos a vida numa perspectiva de perfeição de doação ao próximo e de plenitude de amor, poderemos atingir essa visão, a partir daí não faz sentido, não é coerente o sexo que não, o monogâmico e conceptivo.
O facto é que nós, os comuns mortais, não somos perfeitos, usamos o sexo muitas vezes ao longo da nossa vida com fundamentos muito mais ligados a um hedonismo egoísta do que a qualquer outro sentimento, não podemos é, querer para nosso conforto e paz de alma que Sua Santidade passe a mão na nossa cabecinha e que fiquemos perdoados das vezes que usamos o próximo muito mais para nossa própria satisfação do que movidos de um verdadeiro espírito de amor.
Não encontro qualquer dificuldade em perceber a necessidade e propriedade desta posição em termos de coerência doutrinária.
Quanto à luta no terreno contra a SIDA, mais uma vez a solução do látex é a solução fácil procurada por quem quer de forma expedita ficar com a consciência tranquila…o preservativo a meu ver, poderá e deverá ter o seu papel profilático, sim ninguém quer que se salvem só os santos, mas efectivamente não é por si a solução do problema.
O certo é que os verdadeiros instrumentos que poderão debelar ou controlar o flagelo da SIDA são muito mais, uma repartição justa da riqueza, a não exploração de povos por outros povos, a luta contra a corrupção e a educação das populações, sem dúvida que com estes instrumentos realmente implementados no terreno poder-se-á resolver ou pelo menos controlar o problema da SIDA, com látex, por muito que seja e sem resolver estes problemas vamos continuar a ter a SIDA como flagelo.
quinta-feira, março 26, 2009
domingo, março 15, 2009
Ainda mais assustador do que a patente incompetência e desonestidade do actual governo de Portugal, é o facto de me sentir incapaz de com o actual quadro partidário conceber um mix que me satisfizesse em termos de expectativa de boa governação.
O PC, Verdes e Bloco de Esquerda são um tipo de politiquice demagógica que desde os anos 40 só enganam o povo iletrado, românticos mal informados ou gente medíocre e dos anos 50 para cá, só mesmo iletrados, ingénuos e os que, com má fé, os encaravam e encaram como uma via para o poder pessoal.
O PSD e PS ,cada vez fica mais difícil de os distinguir…a medida das suas diferenças tem muito mais a ver com os diferentes interesses pessoais das cúpulas partidárias do que com qualquer outra coisa.
O CDS/PP está transformado num cata-vento sem fé no que tão veementemente apregoa, vende-se rapidamente a qualquer preço ante a expectativa de diminuição de sua expressão eleitoral.
O governo desejável neste momento da história nacional teria obrigatoriamente de contar com um factor de estabilidade, uma nova maioria absoluta é cada vez mais improvável e a partilha do poder pelos partidos portugueses é impossível, porque quando o poder é encarado como forma de enriquecimento próprio de forma rápida e substancial não é passível de partilha, porque os podres necessariamente terão de ser escondidos dos inimigos e só o serão se as trincheiras forem distintas, não são possíveis as negociatas desejadas por todos, convivendo todos, na mesma trincheira.
A solução política poderá, infelizmente, vir a ser consequência da verdadeira crise que virá de forma cada vez mais previsível no terceiro trimestre deste ano e que se instalará no mundo mas de forma especial no país durante todo o ano de 2010, talvez aí o eleitorado entenda que para o governar precisa de homens com valores diferentes dos que hoje estão no poleiro ou a ele são candidatos, porque as suas necessidades serão tambémoutras bem diferentes das actuais ao verem aquilo que se habituaram a ter como garantido a ser-lhes subtraído pelo colapso global das estruturas construídas com base em realidades virtuais.Não sei ao certo, qual será a extensão das consequências e sequelas que teremos de absorver pela ruptura anunciada dos mercados financeiros do leste, o que sei decisivamente é que, se ela vier, não temos Skipper para a medida da tempestade.
O PC, Verdes e Bloco de Esquerda são um tipo de politiquice demagógica que desde os anos 40 só enganam o povo iletrado, românticos mal informados ou gente medíocre e dos anos 50 para cá, só mesmo iletrados, ingénuos e os que, com má fé, os encaravam e encaram como uma via para o poder pessoal.
O PSD e PS ,cada vez fica mais difícil de os distinguir…a medida das suas diferenças tem muito mais a ver com os diferentes interesses pessoais das cúpulas partidárias do que com qualquer outra coisa.
O CDS/PP está transformado num cata-vento sem fé no que tão veementemente apregoa, vende-se rapidamente a qualquer preço ante a expectativa de diminuição de sua expressão eleitoral.
O governo desejável neste momento da história nacional teria obrigatoriamente de contar com um factor de estabilidade, uma nova maioria absoluta é cada vez mais improvável e a partilha do poder pelos partidos portugueses é impossível, porque quando o poder é encarado como forma de enriquecimento próprio de forma rápida e substancial não é passível de partilha, porque os podres necessariamente terão de ser escondidos dos inimigos e só o serão se as trincheiras forem distintas, não são possíveis as negociatas desejadas por todos, convivendo todos, na mesma trincheira.
A solução política poderá, infelizmente, vir a ser consequência da verdadeira crise que virá de forma cada vez mais previsível no terceiro trimestre deste ano e que se instalará no mundo mas de forma especial no país durante todo o ano de 2010, talvez aí o eleitorado entenda que para o governar precisa de homens com valores diferentes dos que hoje estão no poleiro ou a ele são candidatos, porque as suas necessidades serão tambémoutras bem diferentes das actuais ao verem aquilo que se habituaram a ter como garantido a ser-lhes subtraído pelo colapso global das estruturas construídas com base em realidades virtuais.Não sei ao certo, qual será a extensão das consequências e sequelas que teremos de absorver pela ruptura anunciada dos mercados financeiros do leste, o que sei decisivamente é que, se ela vier, não temos Skipper para a medida da tempestade.
quinta-feira, março 12, 2009
Almeida Santos no seu esplendor....como é possível um político num país como Portugal, numa situação como a portuguesa dizer isto? mesmo sabendo que vem de Almeida Santos é supreendente...
«Não se paga aos deputados o suficiente para que sejam todos apenas profissionais, sobretudo quando são profissionais do direito ou fora do direito. No caso do advogado, se tem um julgamento não pode estar na assembleia e no julgamento ao mesmo tempo» (mais coisa menos coisa 10 salários minímos...)
«Quanto às justificações para as faltas, é verdade que a sexta-feira é, em si própria uma justificação, porque é véspera de fim-de-semana. Eu compreendo isso. Talvez esteja errado que as votações sejam à sexta-feira. Não julguemos também que ser deputado é uma escravatura, porque não é, nem pode ser. É preciso é arranjar horas para a votação que não sejam as horas em que normalmente seja mais difícil e mais penoso estar na Assembleia da República»...Acabei de descobrir que sou escravo....
«Não se paga aos deputados o suficiente para que sejam todos apenas profissionais, sobretudo quando são profissionais do direito ou fora do direito. No caso do advogado, se tem um julgamento não pode estar na assembleia e no julgamento ao mesmo tempo» (mais coisa menos coisa 10 salários minímos...)
«Quanto às justificações para as faltas, é verdade que a sexta-feira é, em si própria uma justificação, porque é véspera de fim-de-semana. Eu compreendo isso. Talvez esteja errado que as votações sejam à sexta-feira. Não julguemos também que ser deputado é uma escravatura, porque não é, nem pode ser. É preciso é arranjar horas para a votação que não sejam as horas em que normalmente seja mais difícil e mais penoso estar na Assembleia da República»...Acabei de descobrir que sou escravo....
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